Formiga: A Lenda Viva do Futebol Feminino Brasileiro. Então quando falamos em lendas do futebol brasileiro, nomes como Pelé, Zico, Ronaldo e Marta costumam surgir rapidamente. Mas entre essas estrelas, uma figura brilha com uma trajetória tão longa quanto inspiradora: Miraildes Maciel Mota, ou simplesmente, Formiga. Com uma carreira que atravessou quase três décadas, ela não apenas marcou época — ela moldou o futebol feminino no Brasil e no mundo.
Início humilde e amor pelo futebol
Nascida em 13 de março de 1978, na Zona Sul de Salvador (BA), Formiga cresceu jogando bola com os meninos da vizinhança. Em uma época em que o futebol feminino era praticamente invisível no Brasil, ela teve que desafiar preconceitos desde muito jovem. Portanto, seu apelido vem justamente de sua agilidade e dedicação em campo, “trabalhando” como uma formiguinha incansável.
De estreia precoce à eternidade com a Seleção
Formiga estreou pela seleção brasileira principal em 1995, aos 17 anos, e desde então escreveu um capítulo histórico: participou de sete Copas do Mundo (1995 a 2019) e sete Olimpíadas (1996 a 2020). Nenhum outro jogador ou jogadora, em qualquer seleção, possui esse feito.
Sua presença constante na seleção é reflexo de sua longevidade, preparo físico impecável e uma mentalidade vencedora. Ao longo dos anos, ela viu o futebol feminino sair da sombra, conquistar espaço, e tornou-se um símbolo da luta por mais visibilidade, investimento e respeito no esporte.
Conquistas e feitos marcantes
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Vice-campeã olímpica: Atenas 2004 e Pequim 2008
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Vice-campeã da Copa do Mundo: China 2007
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Ouro nos Jogos Pan-Americanos: Santo Domingo 2003, Rio 2007
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Campeã da Libertadores e Brasileirão Feminino com clubes como São José e São Paulo
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Jogou por grandes clubes internacionais, como PSG e Chicago Red Stars
Além dos títulos, sua carreira foi marcada pela regularidade, técnica refinada, liderança e uma ética de trabalho que inspirou gerações de jogadoras.
Feminismo e representatividade
Formiga também é um ícone da resistência e representatividade negra no esporte. Sempre foi discreta fora de campo, mas seu exemplo fala alto: mulher, nordestina, preta, quebrando barreiras num país onde o futebol feminino ainda sofre com falta de estrutura e reconhecimento.
Ela inspirou jovens como Debinha, Andressa Alves, Ludmila e tantas outras a acreditarem que sim, há lugar para mulheres no futebol — e no topo.
Aposentadoria da Seleção – mas não dos gramados
Em novembro de 2021, Formiga fez sua última partida pela Seleção Brasileira. Aos 43 anos, despediu-se da amarelinha com mais de 200 jogos e 37 gols — mas sua trajetória nos gramados ainda seguiu por mais algum tempo em clubes nacionais. Mesmo fora das quatro linhas, ela segue como embaixadora e ativista, defendendo o futebol feminino e os direitos das mulheres no esporte.
Legado eterno
Formiga não é apenas uma jogadora histórica. Ela é parte viva da evolução do futebol feminino, no Brasil e no mundo. Sua carreira servirá, por muitos anos, como exemplo de resiliência, longevidade, excelência e amor ao esporte.
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